Esquilo

Nome comum: Esquilo Siberiano ou Esquilo Coreano
Nome científico: Eutamias Sibiricus
Família: Sciuridae
Tamanho: 10 para 15 cm
Esperança de vida: 3 a 5 anos
Conservação da espécie: segura
Hábitos sociais: solitário

História
O Esquilo Siberiano ou Esquilo Coreano pode ser encontrado em estado selvagem no Norte do Japão, China, Coreia e Zona central da Rússia. É a única espécie do género que pode ser encontrada fora do Norte da América.
É um esquilo terrestre que escava tocas no chão, mas também se abriga em buracos naturais nas árvores ou em ninhos abandonados de árvores. Habita bosques e zonas de arbustos.
Não é nocturno, realiza as suas actividades durante o dia e recolhe para a toca à noite. É predado por aves, texugos, entre outros.

Descrição
O corpo do Esquilo Siberiano mede entre 12 a 17 cm, sem cauda, e 22 a 27 cm com a cauda incluída. As orelhas pequenas e arredondadas nas pontas. O pêlo no dorso vai desde o castanho acinzentado até o amarelo ocre. Tem entre quatro a cinco riscas longitudinais e uma cauda castanha com largas riscas pretas em cada um dos lados e com finas bordas brancas.
Os esquilos siberianos podem hibernar quando o clima é muito frio (a partir dos 10º) ou quando há falta de alimento, reduzindo a maioria das suas funções vitais. Assim, é bem natural que seja possível observá-los como se estivessem embriagados, pois há sempre horas de maior aperto, e o esquilo sentindo vontade de fazer necessidades, desloca-se até ao local apropriado, ainda que meio adormecido.
Quando o esquilo está adormecido (parecendo morto), a sua respiração é muito lenta e o seu corpo fica frio, assim sendo, é aconselhável que se certifique bem de que o seu esquilo está a hibernar e não está morto. Caso o esquilo não hiberne não significa que algo correu mal, antes pelo contrário, significa sim que o esquilo não teve necessidade para tal. No entanto, se o fez também não é mal nenhum pois este é o seu comportamento na natureza.
O Esquilo Siberiano enterra as suas nozes a cerca de 5 cm de profundidade. São animais limpos, que fazem a própria higiene. Fazem diferentes sons, quase todos são uma espécie de “chip” que se assemelha ao som de um pássaro.
Os esquilos são animais muito asseados fazendo as suas necessidades sempre no mesmo local, normalmente no canto oposto ao do ninho e da comida. Isso facilita bastante a manutenção da gaiola sendo apenas necessário limpá-la, uma vez por semana. No entanto, convém ir limpando o local das necessidades com mais brevidade evitando maus cheiros principalmente no Verão. Como forro absorvente do fundo, pode ser colocado areia para gato sem perfume ou aparas de madeira.

Alimentação
A alimentação é um dos factores de maior importância para manter os esquilos de boa saúde e com forças para toda aquela actividade enérgica bem característica destes pequenos roedores. Uma boa alimentação passa por uma ração a mais variada possível, acompanhada por pequenos complementos.
Nunca se deve de dar comida de papagaio aos esquilos, pois para além de ser muito calórica devido à quantidade de sementes de girassol, também é muito incompleta face ás suas necessidades.
Actualmente pode-se encontrar com facilidade rações próprias para esquilos. Estas rações são constituídas por uma mistura de sementes e frutos secos (amendoins, avelãs, alfarroba, sementes de girassol, fruta seca, etc.), sendo esta a alimentação base que deve estar sempre à disposição do animal. Como complemento da alimentação principal, deve-se colocar fruta (maçã, pêra, uvas, laranja, etc.) com alguma frequência e uma pequena guloseima. Essa guloseima pode ser amendoim, avelã, amêndoa, pinhão, castanha e noz, tudo com casca, pois ajuda ao desgaste dos dentes, factor esse que é vital nos roedores. As guloseimas, são também um dos factores essenciais na domesticação de um esquilo, ajudando a criar um laço de afecto entre dono e animal.
Os esquilos deverão de ter sempre à disposição uma "garrafa" própria para roedores com água, devendo mudá-la de dois em dois dias especialmente no Verão, quando a água tem tendência para ficar mais choca. Não se deve de deixar a água acabar pois isso poderá indicar que o esquilo necessitou de beber e não teve.

Alojamento
O bem-estar de qualquer animal em cativeiro passa sem dúvida alguma pelo alojamento, e os esquilos não são excepção. Sendo animais de grande actividade passando grande parte do dia a correr e a saltar, é necessária uma gaiola espaçosa com ramos, cordas, etc. Essa actividade é vital nos esquilos pois faz parte do seu instinto natural, e como tal deve de ser simulado o mais possível o seu habitat. A gaiola poderá ser de interior ou de exterior.
A gaiola deverá de ter também um ninho com um pouco de feno. O ninho tem várias funções, uma delas é proporcionar um local de abrigo para descansar, funcionará também como esconderijo em caso de “perigo” o que é muito importante para evitar o stress, e por ultimo serve-lhes como armazém, onde guardarão alimento no Outono como reserva para o Inverno. Em caso de ter mais de um esquilo, é aconselhável colocar mais de um ninho, evitando assim brigas por disputa de território.

Reprodução
Os esquilos são muito exigentes no que diz respeito à reprodução. Regra geral, eles só se reproduzem caso tenham as condições ideais, isto é, as mais aproximadas possíveis do seu habitat natural. Os esquilos só se reproduzem a partir dos 8 meses (podendo ir até aos 2 anos), fase essa que é quando atingem a maturidade sexual. Nos machos isso evidencia-se através dos seus testículos que ficam bem mais desenvolvidos.
Os esquilos podem criar durante duas épocas do ano, entre Fevereiro e Abril, e entre Junho e Agosto, tendo como fim garantido de época de reprodução os finais de Setembro. Esse período pós hibernação é o ideal para criar pois é a época do ano em que o clima é mais ameno ajudando à sobrevivência das crias. Saídas da hibernação, as fêmeas entram no cio, dando a conhecer ao macho o seu estado receptivo através de um "piar" contínuo. As fêmeas entram no cio durante três dias com espaços de quinze, não aceitando os machos fora desses três dias. O acto da cópula é bastante agitado ou até mesmo violento, pois mesmo a fêmea estando no cio é provável que rejeite o macho desencadeando algumas brigas. Assim, é possível que algumas fêmeas fiquem com peladas no dorso resultantes do abocanhar do macho durante a cópula.
Caso a fêmea engravide, terá de aguardar aproximadamente entre 28 e 35 dias até dar á luz de 3 a 5 crias cegas, surdas e sem pêlo. No dia do nascimento a fêmea sairá do ninho somente para se alimentar, passando o restante tempo a cuidar dos recém-nascidos. Nessa altura a fêmea fica com as glândulas mamárias bastante desenvolvidas sendo de fácil observação. Mesmo com todas as condições necessárias é bem possível que os esquilos não se reproduzam, pois para além de tudo o que é imprescindível para que o façam, também existem alguns factores que possam ser inibidores.

Filhotes
Após o nascimento, as crias levam mais ou menos 30 dias até saírem do ninho. Durante esses 30 dias vão-se desenvolver bastante, começando a crescer-lhes o pêlo, abrem os olhos, ganham audição e começam a alimentar-se de alimentos sólidos. Caso pretenda observar as crias, é aconselhável que o faça quando a mãe não estiver por perto e deverá de ter muito cuidado com a forte iluminação que poderá facilmente cegá-las.
Saídos do ninho, os jovens esquilos ainda vão necessitar da progenitora pois esta em quem os ensinará a procurar comida e abrigo. Em todo este processo de aprendizagem e de criação, não há qualquer tipo de acompanhamento por parte do macho sendo uma tarefa solitária para a fêmea o que é aconselhável separar o macho dos restantes. A partir dos 2 meses de vida, os jovens deverão de ser separados da mãe pois daqui para a frente não haverá quaisquer laços familiares entre mãe e filhos, e é provável que cruzem em cios próximos. Essa situação não é nada saudável, pois há o perigo de consanguinidade o que pode resultar em ninhadas com crias muito fracas ou até mesmo deficientes.